O Brasil assiste com preocupação as campanhas eleitorais. Dentro desse processo que deve nos acompanhar nos próximos meses, vale chamar a atenção para o fato de que as apresentações de alguns candidatos trazem mais incertezas do que certezas.
O primeiro fato que merece destaque é a falta de sintonia entre os porta-vozes dos candidatos. Enquanto o próprio candidato apregoa A, sua equipe econômica apregoa B, ou pior ainda, o contrário de A.
Como eleitores que se preocupam com o país e com o futuro de nossa indústria devemos ficar atentos aos candidatos que tem na própria indústria um setor relevante da sua plataforma eleitoral e, mais do que tudo, o que seja dito pelo candidato esteja sendo relatado da mesma forma pela sua equipe.
O candidato que vê a indústria como sendo um motor importante para a economia do Brasil para gerar empregos com melhores salários, o que é logico e sensato, para merecer o nosso voto, tem que ter uma equipe que acredite na mesma premissa, ou seja, sua equipe econômica tem que também acreditar no protagonismo do setor produtivo, defendendo ainda a necessidade de outras reformas, como a tributária, por exemplo, que considero de extrema urgência para reduzir o custo Brasil que hoje, segundo os estudos atualizados da ABIMAQ, tem um valor de 30% maior que em outros países, como Alemanha e Estados Unidos.
Trocando em miúdos, produzir uma máquina no Brasil com a mesma produtividade da Alemanha, custa 30% mais caro do que produzir a mesma máquina na própria Alemanha. Este mesmo estudo identifica suas causas. Os candidatos que acompanham o noticiário tiveram a oportunidade de conhecer as causas do Custo Brasil, devidamente quantificadas uma a uma. Este material foi distribuído e amplamente debatido pela imprensa. Inclusive foi citado em um dos debates presidenciais.
O que os eleitores esperam é coerência em troca de votos.
Devemos estar atentos aos candidatos cujas equipes econômicas apregoam soluções fáceis para os problemas complexos da indústria ainda que seu candidato enfatize a sua importância.
Causa muita confusão vermos um candidato que enfatiza em suas declarações a importância da indústria, prega uma agenda de competitividade e abertura comercial gradual e negociada enquanto seu economista defende uma “abertura comercial agressiva” e sequer menciona uma agenda de competitividade.
O setor industrial está atento. O candidato que quiser apoio, deve ser claro e dizer o que pensa e deve estar em consonância com sua equipe.
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Fonte e foto: Vervi Assessoria de Imprensa - www.grupovervi.com.br
Desafios da escolha para presidente
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