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Quando as boas vendas não se refletem no caixa da empresa



Diariamente, muitos empresários questionam a si mesmos, ou a seus funcionários responsáveis pelo setor financeiro, o porquê da empresa vender tanto os seus produtos ou serviços, e o lucro dessas vendas não se refletir no caixa da empresa. Os motivos podem ser a formação de preço de venda errada, altos custos variáveis ou fixos, políticas de vendas com prazos de recebimento muito alongados, políticas de compras com prazos de pagamento muito curtos, entre outros. Entretanto, através de pesquisas realizadas por diversos órgãos constatou-se que a principal dificuldade do empresário é a de entender a gestão financeira do próprio negócio.

Esse desconhecimento faz com que aspectos como falta de capital de giro e endividamento precoce sejam os primeiros sintomas a aparecer, uma vez que o fluxo de caixa, que consiste na gestão da entrada e saída de dinheiro na empresa, esteja mal elaborado, ou até mesmo não seja elaborado. Além de demonstrar, de maneira rápida e prática o controle e registro das movimentações financeiras, o fluxo de caixa pode ser utilizado como previsão de futuro, antecipando informações referentes à sobra, ou falta, de recursos financeiros para quitar os compromissos da empresa.

Com isso, pode-se avaliar a liquidez, determinar a utilização dos recursos para determinado período e até mesmo mensurar a necessidade de se adquirir dinheiro de terceiros. Apesar de toda sua importância, não são todos os empresários que se utilizam dessa ferramenta para as tomadas de decisões gerenciais, em parte por não conhecer a ferramenta, ou simplesmente por não instrumentalizá-la da maneira correta com uma visão de futuro para a tomada de decisões, e sim de um registro do passado.

Na convivência do mundo empresarial, percebe-se a falta de dois aspectos fundamentais para a implantação de um eficaz fluxo de caixa: o de um software financeiro e o de pessoas que fazem o procedimento. Em um sistema tão informatizado, não se é mais permitido trabalhar o caixa da empresa com ferramentas tão rústicas, como as planilhas de Excel e suas inúmeras tabulações. Um bom software dá ao empresário a agilidade no procedimento e o entendimento da saúde financeira da sua empresa. Ao saber analisar os números fornecidos, pode-se trabalhar melhor as políticas financeiras do negócio.

Mesmo quando há a implantação do software, a empresa se depara com a necessidade de ter pessoas com formação e, principalmente, orientação para realizar o fluxo de caixa. Em muitas empresas, percebe-se a falta de entendimento da ferramenta para executar o procedimento, o que pode ser corrigido com a realização de cursos e assessoriais empresariais. Ter rotinas escritas, procedimentos escritos e padrões definidos determinam um padrão de qualidade empresarial que ajuda nos indicadores financeiros, tendo como grande probabilidade um resultado financeiro para reinvestimento, cobertura do capital de giro, reservas empresariais e distribuição de lucros a sócios e colaboradores da organização empresarial.

O desafio do empresário está em avaliar, de maneira comparativa, o fluxo de caixa projetado, com uma perspectiva de visão de futuro, e elaborar estratégias gerenciais que garantam a saúde financeira da empresa a curto, médio e longo prazo.

Autor: Éwerson Wiethorn, contabilista e especializado em Gestão Empresarial
Fonte: Economia SC - http://www.economiasc.com.br/index.php?cmd=artigos&id=67
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