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A concorrência que disputamos realmente existe?


Há na humanidade um aspecto, ainda bastante significativo, que rege grande parte dos relacionamentos pessoais: a concorrência. E no que consiste a concorrência? Desde pequenos, dependendo da nossa educação e das nossas heranças culturais, crescemos mergulhados em um campo de informações que nos dizia (e talvez ainda diga) que precisávamos ser “os melhores” e não os melhores que pudéssemos ser.

E crescemos passando por muitas situações como máquinas, sem muita noção do que realmente estávamos gerando como resultado, focando em nosso benefício e, talvez, também no benefício das pessoas mais próximas, como um ato de “sobrevivência”. Até aqui, algo aceitável.

Com o passar do tempo, acabamos percebendo que, como seres humanos, nos desenvolvemos tendo como resultado uma vida em “sociedade”, o que significa hoje compartilhar uma estrutura mental, emocional e material que sirva à continuidade da vida.

Ao mesmo tempo, em muitos aspectos, continuamos travando disputas dentro do mesmo sistema que nos dá o suporte para vivermos. A partir daqui, quando já percebemos como a vida acontece, essas atitudes já são contestáveis. Como “disputar” dentro do sistema de pessoas, muitas vezes, com pessoas que nos servem à vida?

O fato da presença ainda marcante de memórias ancestrais, informando que “continuar vivo, mesmo que seja pela morte de outros” é permitido, coloca-nos em uma posição delicada na escala evolutiva. Como seres humanos, somos a espécie mais inteligente, mas ao mesmo tempo, agimos com um caráter quase ignorante diante dos princípios de continuidade da vida.

A concorrência é real ou ela existe somente em nossos modelos culturais? É necessário concorrer para que a vida continue? Modelos nos servem a cada fase de desenvolvimento da humanidade. É muito provável que o modelo da concorrência tenha sido gerado também para que a vida continuasse de alguma forma.

Mas, hoje surge uma questão: a concorrência é a forma mais inteligente de continuarmos vivos? O quanto a busca pelo nosso “lugar ao sol”, tentando ser melhor que os outros ou em detrimento da vida de outros, é mais inteligente que desenvolvermos o máximo da capacidade que temos? Cada indivíduo ou sistema (família, empresa, equipes etc) possui uma formação estrutural própria que determina uma fórmula individual (heranças culturais, experiências atuais, resultados), essa unicidade determina também excelência e expertise únicas.

Se formos os únicos em nossas formações e formos o máximo que pudermos ser, teremos algum concorrente? Enquanto tentarmos ser melhores do que os outros, como seremos o máximo que podemos ser? A necessidade de adaptação para continuarmos vivos nos estimula a ir além do lugar aonde já chegamos.

A concorrência em essência é o estímulo interno, que nos instiga a ser ainda melhor do que já somos, impulsionando nosso desenvolvimento contínuo, nossa sobrevivência e a continuidade de nossas vidas. Nosso maior concorrente é o que está obsoleto em nós, é o que nos estagna, impedindo-nos de ir além. Pense nisso!

Autora: Mirian Coden (Especialista em Alinhamento Metassistêmico e Diretora de Desenvolvimento do Nortus Centro de Excelência Humana)
Fonte: Portal HSM Online.
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