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A importância dos custos logísticos na cadeia de suprimentos


Na nova era dos mercados competitivos e globalizados, o aspecto Custo vem cada vez mais assumindo uma importância significante na busca frenética das empresas por maior eficiência e produtividade. Porém, ao objetivarem a redução de custos, as empresas vem focando no tradicional custo do produto e se esquecem ou dimensionam mal os Custos relacionados à Logística.

Só para se ter uma idéia, este tipo de custo em geral assume a segunda posição em termo de valores, só perdendo para o próprio custo da mercadoria (porém em alguns casos, os Custos Logísticos são até maiores do que o próprio custo do produto, como no caso do sal). Portanto, saber identificar e mensurar esse tipo de custo pode muitas vezes significar a própria existência da empresa.

Quando falamos em Custos Logísticos, a primeira idéia que vem na cabeça é o Custo com Frete ou Transportes. Apesar deste ser o mais significativo, os Custos Logísticos não se resumem somente à isso. Podemos identificar Custos na Armazenagem, nos Estoques, no Processamento de Pedidos e é claro no Transporte.

Os Custos relacionados à armazenagem são aqueles que são aplicados nas estruturas e condições necessárias para que a empresa possa guardar seus produtos adequadamente. Faz parte deste tipo de Custo, o aluguel do armazém, os custos com aquisição de paletes, custo com pessoal do armazém, etc.

Já os Custos com Estoques são aqueles que são gerados a partir da necessidade de estocar os materiais. Nesta categoria, com certeza o mais expressivo é o Custo de Oportunidade do Capital Parado, que nada mais é do que o valor que a empresa perde imobilizando o capital em estoque em vez de aplicar esse valor no mercado financeiro, ganhando a remuneração dos juros. Existem outros Custos com Estoques como as perdas e roubos, a própria depreciação dos materiais, etc.

No que diz respeito aos Custos relacionados à emissão de pedidos, seus valores são inexpressivos em relação aos demais. Todos os gastos relacionados à emissão de pedidos na empresa devem ser computados para essa categoria. São considerados Custos com Emissão de Pedidos: O salário do comprador, o aluguel do espaço destinado ao setor de compra, os papéis usados na emissão do pedido, etc.

Por fim e que na verdade é o mais importante de todos, temos os Custos com Transportes. Freqüentemente calculado, este custo geralmente dá origem às despesas com fretes que a empresa vê na nota fiscal ou que já está incluído no preço. Todas as despesas relacionadas à movimentação de materiais fora da empresa podem ser consideradas Custos com Transportes. Enquadram-se aqui os custos com a depreciação dos veículos, pneus, combustíveis, custo de oportunidade dos veículos, manutenção, etc.

Uma vez identificado quais são os Custos Logísticos, as empresas devem atentar para aqueles que geralmente não são computados por serem quase imperceptíveis.

Um caso clássico é o Custo de Oportunidade. Apesar de ser chamado de Custo, na verdade o que ocorre é que a empresa deixa de ganhar com juros financeiros imobilizando o capital em estrutura (armazém, paletes e estruturas de armazenagem), máquinas e equipamentos (empilhadeiras e esteiras), veículos (caminhões), etc.

Quanto maior for o juro no país, maior será o Custo de Oportunidade. Em se tratando de Brasil, onde os juros são altíssimos, os Custos de Oportunidade associados à Logística são relativamente altos se comparados com outros países.

Um outro Custo Logístico de fácil identificação , mas de agregação nem tanto, é o de depreciação de máquinas, equipamentos e veículos. Apesar deste custo ser contabilizado na forma tradicional, raramente é alocado como Custo da Logística e conseqüentemente não é agregado aos preços dos produtos, sendo considerado como despesa fixa.

As empresas devem conhecer profundamente seus próprios Custos Logísticos, para que passem a ter condições de estabelecerem metas de diminuição e repassar os ganhos para a Cadeia como um todo. Assim, outras empresas pertencentes à Cadeia absorvem as novas práticas, reduzem seus Custos Logísticos, contribuindo para a competitividade da Cadeia.

Na moderna concepção do Gerenciamento da Cadeia de Suprimento, os Custos Logísticos devem ser bem dimensionados e controlados, pois se antes a concorrência se resumia somente entre as empresas, hoje essa concorrência se dá entre as cadeias produtivas.

Se antes a concorrência era entre a Ford e a Volkswagen, hoje a concorrência se dá entre a Cadeia Produtiva da Ford e a Cadeia Produtiva da Volkswagen. Será mais competitiva aquela que apresentar melhor Qualidade e menor preço para o consumidor. Resta para as empresas entender que este é um caminho sem volta e que somente através da integração e da diminuição dos Custos Logísticos é que as Cadeias podem se tornar competitivas.


Autor: Marcos Ricarte, Diretor de Projetos, R2 Consultoria e Internet
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