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Saiba como abrir uma empresa digital sem gastar (quase) nada


CEO da Daruni Healthcare, empresa que criou um marketplace para a terceira idade, dá dicas de como empreender no mundo online com economia

Abrir uma empresa exige pesquisa, análise de mercado, planejamento e uma boa reserva financeira. Sem estes elementos, o sonho empreendedor costuma ir por água abaixo, muito antes de começar. No entanto, com o crescimento e aprimoramento das novas tecnologias, entre elas a internet, a cruzada pelo negócio próprio ficou mais simples. Pelo menos para quem pensa em ter uma empresa digital. O planejamento, a pesquisa e a análise de mercado continuam essenciais, mas a reserva financeira não precisa mais ser tão boa assim. Isso é o que assegura o fundador e CEO da Daruni Healthcare, Edilson Osorio Junior. "Hoje em dia é possível abrir uma empresa digital sem gastar quase nada. Falo isso por experiência própria".

Voltada para a Terceira Idade, a Daruni Healthcare conta com um e-commerce, um portal de notícias e um portal de empregos. O marketplace não nasceu de uma hora para outra. Foram meses de pesquisa sobre a terceira idade, bem como investimento em tecnologias, algo presente na vida de Osorio desde sempre: antes da Daruni, foi cocriador de um software que virou referência no mercado de casas noturnas por ter sido o primeiro controle de acesso e pagamento por biometria, análise estatística e de perfil do cliente. Além de criar um app de pagamento para que o cliente não precise pegar fila na hora de pagar a conta. Após anos a frente da OZ Technology decidiu mudar de mercado e gastou pouco para isso.

Osorio contou com uma série de ferramentas gratuitas para viabilizar a criação da Daruni. Por exemplo, os servidores do início eram do tipo "free tier". "A Amazon AWS tem uma espécie de promoção, que ela chama de 'free tier', que consiste em fornecer máquinas mais simples, gratuitamente, por um ano", explica. Segundo ele, praticamente todos os serviços da AWS têm essa promoção justamente para que as pessoas experimentem o ambiente, antes de fazer um upgrade nas máquinas.

"No meu caso, eu montei toda a estrutura inicial com essas máquinas gratuitas e fiz todas as customizações possíveis tanto nos sites quanto nos sistemas operacionais, para melhorar o desempenho e aproveitar ao máximo toda a capacidade da infraestrutura", diz. Entre as ferramentas gratuitas, Osorio lista algumas que podem ajudar na abertura de uma empresa digital (todas utilizadas por ele na criação da Daruni): Magento, Joomla, Aftership, Mailchimp, IFTTT, Roundteam, entre outros.

O Magento é uma plataforma de e-commerces que está disponível gratuitamente para download, é desenvolvida pelo e-Bay e está presente em mais de 200 mil e-commerces pelo mundo. Assim como o Joomla, um sistema de criação e gerenciamento de sites. Já o Aftership ajuda no rastreamento das encomendas e o Mailchimp possibilita envio de e-mails e malas diretas. O IFTTT e o Roundteam automatizam as atualizações em redes sociais e o Hootsuite gerencia mídias sociais. Além disso, o Google disponibiliza uma série de ferramentas gratuitas para criação de documentos, planilhas e apresentações (Google Drive), estudo e melhora do posicionamento do site no Google (Google Webmasters), etc. O StoreYa pode ajudar na publicação da loja virtual no Facebook e marketing, o Zopim, no suporte online e o Dropbox, no armazenamento de arquivos.

Com tantas ferramentas gratuitas, o empreendedor pode estar pensando: por onde eu começo? "O primeiro passo, antes de qualquer coisa, é criar um produto minimamente viável e testar o mercado para entender a necessidade e aceitação dos clientes. Criar um produto baseado em uma sensação ou 'achismo' pode levar a altos gastos e não interessar o público", detalha.

"O começo do novo negócio deve ser o mais enxuto possível e seguir à risca a metodologia proposta pelo Eric Ries, no seu livro já traduzido para português 'A Startup Enxuta', ou assistindo às palestras gratuitas do SEBRAE, pode fazer toda a diferença no bolso e na velocidade com que o negócio ganha forma", continua. Assim que o negócio começar a render, o empreendedor deve considerar o registro como MEI (Micro-Empreendedor Individual). Esse sistema possibilita isenção de impostos, mas só vale para quem ganha até 60 mil reais por ano e permite o pagamento de um imposto de valor único, de, no máximo, R$ 42,20. "É um ótimo incentivo do governo para quem está começando. É um jeito bacana de começar um negócio. Se não der certo, você entra no site e fecha a empresa na hora, sem burocracia nenhuma", diz.

O empresário explica que alguns serviços precisam ser pagos, não tem jeito. É o caso da compra de domínio para o site, emissão do certificado de segurança para loja virtual, o SSL, o marketing no Ad-Words (publicidade paga do Google) e compra de templates mais sofisticados. No entanto, a economia pode ser bem significativa, na abertura de uma empresa digital. "Recentemente solicitei um orçamento de uma empresa que desenvolve bons sites e e-commerces. Queria saber quanto cobrariam para desenvolver todo o ambiente web absolutamente igual ao que eu tenho hoje. A resposta foi algo em torno de 60 mil reais", exemplifica.

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Fonte: Ecco Press Comunicação - www.eccopress.com.br
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