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Você tem dificuldade de separar as finanças pessoais com as finanças do seu negócio?

    


Por Beatriz Machnick

Não misturar as contas e ter uma divisão clara entre a vida pessoal e o trabalho parece óbvio, mas no início de uma empresa, momento em que são feitos investimentos e desembolsos, muitos se perdem. É aí que é hora de parar e avaliar. Isso porque separar as contas pessoais e da empresa ou escritório é o primeiro passo para quem está começando um novo negócio e almeja estruturar o financeiro. Caso contrário, os problemas podem surgir e, sem dúvida, começar certo custa menos tempo e dinheiro do que corrigir o erro depois.

O financeiro é o “coração” de qualquer negócio, e se ele não estiver estruturado vêm as perdas, inadimplências, prejuízos e a receita passa a sofrer consequências. Se você tem a sensação de que os anos passam e o trabalho aumenta, mas o lucro não cresce na mesma proporção, algum gargalo existe e, geralmente, está nesse setor.

Por isso, todo negócio necessita organizar o fluxo de caixa, com o objetivo de avaliar tudo o que entra e sai no mês. Além disso, é imprescindível ter um capital de giro para pagar as despesas. A partir daí, com esse caixa, é possível fazer uma avaliação financeira.

É válido reforçar: o que sustenta o negócio não é o faturamento, mas sim o lucro, que é o valor faturado, menos os custos e as despesas empenhadas para gerar a receita. Imagine, porém, misturar as finanças pessoais e do negócio. Não resta dúvida de que o problema virá, seja no curto, médio ou longo prazo.

O fato é que, geralmente, a maneira como a pessoa lida com as finanças pessoais é a forma com que também vai lidar com as finanças do negócio. Por exemplo, em um contexto de escritórios de advocacia, muitas vezes, a visão dos sócios sobre o pró-labore e retirada de honorários é diferente. Porém, o que todos precisam ter em mente é que, quanto melhor estiver a banca, melhor estarão os sócios.

Quando não há uma boa gestão financeira, os sócios podem tirar do escritório um valor que prejudica ou sufoca a estrutura ou, então, eles podem acabar deixando quantias muito altas na reserva e sem necessidade. Não é à toa que muitos negócios declinam por conta da indisciplina dos sócios com a gestão das finanças. O fato é que a maneira como cada um lida com os números na vida pessoal impacta diretamente no negócio.

Não tem segredo: separar as finanças é determinante para uma análise financeira precisa e também para saber se os resultados estão crescendo e se o fluxo de caixa está saudável. Para isso, o ideal é que todos os sócios tenham uma retirada fixa mensal.

E para quem está no início e ainda não tem um departamento financeiro estruturado, a dica é simples: liste suas despesas em uma planilha (pode ser no Excel), assim como os parcelamentos, contas de cartão de crédito, despesas fixas e variáveis, e só depois valide se é possível ou não fazer a retirada mínima esperada. Cabe aqui o velho ditado: “a questão não é o quanto você ganha, é o quanto você gasta”.

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Autora: Beatriz Machnick é contadora, especialista em Controladoria e Finanças, mestre em Governança e Sustentabilidade. É pioneira da metodologia de Formação de Preços na Advocacia e palestrante na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). É sócia-fundadora da BM Consultoria em Precificação e Finanças. Autora dos livros Gestão Financeira na Advocacia - Teoria e Prática (2020), Valorização dos Honorários Advocatícios – O Fortalecimento da Advocacia através da Gestão (2016) e Honorários Advocatícios – Diretrizes e Estratégias na Formação de Preços para Consultivo e Contencioso (2014).

Fonte e foto:  Smartcom

Imagem: Imagem de Megan Rexazin por Pixabay

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