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Quem é a Geração C? Qual é o nosso objetivo como empresa?


O princípio é compreender que o mercado deseja e busca atendê-lo de forma precisa. Para compreender melhor os mercados, desenvolveram-se diversas pesquisas para criar padrões de comportamento.

Percebeu-se, ao agrupar pessoas com intervalos de idades semelhantes, uma certa similaridade em seu comportamento, seja ele em seu gosto musical, o modo no qual se vestem, em como comprar, ou, em sua atitude no trabalho, em seu grupo de amigos, ou mesmo na sua forma de expressar. Isto ocorre, a princípio, devido às condições econômicas, sociais e tecnológicas que este grupo de pessoas são inseridos. Vamos exemplificar avaliando algumas gerações:

Geração Baby Boomer é aquela que compreende às pessoas nascidas entre, 1946 e 1964 – um dos representantes desta geração foi Bill Clinton, nascido em 1946. Esta geração moldou o termo “American Way of Life”, onde o maior desejo era o consumo. Os Boomers compraram bambolês, Frisbees, refrigeradores, carros rabo de peixe, etc. Buscaram inserir em sua cultura, um modo mais fácil de viver usufruindo de tudo que pudesse agregar em relação a qualidade de vida. Podemos então chamar esta geração de “Geração do Consumo”;

Geração X é a geração nascida após o "Baby boom". Esta geração iniciou-se em 1964, até final da década de 70. Alguns antropólogos definem o final desta geração em 1982. Esta geração nasceu em um cenário mais sombrio em relação ao geração anterior. O mundo estava imerso na Guerra Fria, Guerra do Vietnã, Crise do Petróleo, entre outros problemas. Os membros desta geração buscaram opor-se a felicidade baseada na superficialidade da geração anterior, que visava o consumo como meio de realização. Eles buscaram sua individualidade, sem, no entanto, a perda da convivência em grupo. 
Buscaram ser mais criteriosos na escolha de produtos, focando qualidade. Houve uma ruptura com as gerações anteriores. Indivíduos do sexo oposto passaram a ser mais valorizado, surgindo a revolução da mulher, a aceitação do divórcio, a possibilidade de tornar-se mãe solteira, não sendo, no entanto, marginalizada pela sociedade. O homossexualismo passou a ser tolerado, assim como, a união entre pessoas do mesmo sexo. O requerimento por seus direitos foi algo que marcou esta geração, com busca intensiva da liberdade, desfazendo as amarras e condicionantes da sociedade. Respeito à família era menor que o de outras gerações.

Geração Y, chegou na década de 1980 finalizando, no início do novo século. Esta geração cresceu em meios a novos padrões de vidas, onde a liberdade era um dos pilares. Ao somar esta liberdade, às infinitas possibilidades da internet, surgiram pessoas que passaram a valorizar a interação como meio e consumo. Esta geração deixou de lado a passividade de receber, e passou a querer fazer parte de qualquer coisa que ele estivesse inserido. A Internet começou a prover novos recursos de comunicação permitindo a esta geração transladar seus relacionamentos antes locais, passando a serem globais. O acesso a informações em um clique, os tornou menos pacientes, fazendo com que o tempo passasse a ter dimensões distintas, com intervalos e cada vez menores. Esta geração inaugurou um novo modo de viver compartilhando tudo, desde sua vida pessoal, até seus conhecimentos.

A pergunta é, qual é a próxima geração? Muito vem se falando em uma nova geração a qual denomino de “C” e não seria Z, como se tem discutido em artigos, jornais e em outros meios? Vamos discutir um pouco esta teoria para que possamos ter uma linha de pensamento.

A ascensão deste novo grupo, os nascidos após 2003, poderá gerar um grande impacto no mundo, podendo ser semelhante com a ocorrida com o surgimento da Revolução Industrial. Esta geração surgiu flutuando no mundo digital.

A internet passou a ser seu oxigênio. Querem testar? Entregue, a um jovem de hoje, um computador com o que há de mais avançado em tecnologia de processamento de dados, de som e de imagem, porém sem possibilidade de conectar-se a internet. Qual seria sua reação? Certamente iria ser de total menosprezo à máquina.

O acesso a internet tornou-se mais fundamental do que a velocidade do próprio computador, quando avaliado em termos de processamento.

Mais de 95% desta população têm computadores e em sua grande maioria tem perfis em alguma rede social, como o Facebook ou Orkut. Os jovens nascidos a partir da década de 1990, que inclui a Geração Y, vivem por mais tempo na casa dos pais, do que qualquer geração anterior.

Esta geração viu conceitos antes nunca discutidos com tanta abertura e espontaneidade, como sustentabilidade, transexualíssimo, onipresença, tolerância, entre outros termos que anteriormente eram visto como tabus, ou simplesmente não importavam. Viram a nação mais poderosa do mundo eleger um negro para a presidência. Devemos lembrar que os Estados Unidos aboliu a segregação racial em 1954, sendo que foi a Lei dos Direitos Civis que possibilitou aos Negros votarem e terem os mesmos direitos dos brancos, proclamada, por Lyndon Johnson em 1964. Anterior a esta data, os Negros eram considerados como elementos marginais à sociedade naquele país.

Em 2020 esta geração C representará 40% da população dos Estados Unidos, Europa e dos Brics e 10% do resto do mundo. Neste ano, eles já terão se tornado o maior grupo de consumidores em todo globo.

A geração C tem como premissa usufruir os serviços que um aparelhos lhe oferece, tornando o hardware apenas um meio, podendo ser descartado logo que surgir um novo serviço, que o mesmo não consiga acessar. Estes grupos de pessoas estão conectados em tempo integral, ou seja, Always On (Tradução livre: sempre conectado).

A qualquer hora do dia, ou da noite, ele estará perto de algo como um celular que tenha acesso e poderá fazer suas compras, portanto, as empresas necessitarão estar “ligadas” 24 horas por dia e 7 dias por semana.

Atualmente, há 4,6 bilhões de usuários de celulares no mundo, 67% da população total, e 1,7 bilhão de usuários de internet. Em 2020, o número de pessoas usando a telefonia móvel alcançará 6 bilhões, quase 80% do globo, e 4,7 bilhões acessarão a web, principalmente por meio de dispositivos móveis. Com a conectividade a todo momento, a vida profissional e pessoal das pessoas se misturarão

As redes sociais possibilitarão maior colaboração entre todos, aumentando intensivamente o universo de relações interpessoais. Os amigos deixarão de ser unicamente o de convívio na escola, ou no local onde se mora, para extrapolar as fronteiras, as culturas, a cor, credo e raça. Atualmente, um indivíduo tem na média, em seus contatos em redes sociais, entre 100 a 200 “amigos” que criticam as fotos, elogiam os pensamentos, sugerem atitudes com seus namorados e interferem em suas escolhas.

A privacidade será algo da geração X, que ficou para trás. Hoje todos podem saber quem eu sou, o que gosto, pra onde eu vou e o que eu faço. As redes sociais irão, de modo crescente, determinar os padrões de consumo mais específicos a cada comunidade, sendo necessário criar produtos que atendam, unicamente, aquele grupo de pessoas. Desta forma, será cada vez mais importante deixar que os consumidores criem seus próprios produtos.

O marketing viral se tornará essencial para o sucesso comercial de uma marca ou um novo serviço. Esta nova geração diferencia-se das outras por um aspecto totalmente diferente, que é a busca da qualidade de vida acima dos ganhos financeiros.

Porém, qual o motivo de chamá-las de C? O que me permite fazer esta inferência esta relacionado a maior característica deste grupo de pessoas, que é a CONECTIVIDADE.

Connectivity em alemão, Connectivité em francês, Cysylltedd em galês, Connectiviteit em holandês, Connettività em italiano, Conectivitate em romeno, Conectividad em espanhol ou Connectivity em inglês. Se unirmos diversos povos, esta palavra iniciará com a letra C, excluindo, é claro, os idiomas que não usam o nosso alfabeto.

Esta geração quebra paradigmas, muda o mundo e reconstrói as relações. Uma geração como esta deve ser denominada com algo que lembre seu modo de vida, sua forma de pensar e de agir. Esta é uma nova revolução que podemos ousar em chamar de “Revolução da Conexão”. Portanto, podemos jogar fora os padrões até agora seguidos e começar uma nova história, que poderá ser contata nas telas do computador, ou do celular, ou do tablete, ou de qualquer coisa que esteja conectada.

Seja bem vinda geração C!


Autor: Fernando Arbache - presidente da Arbache Consultoria e Treinamento é Doutor em Sistemas de Informação (COPPE/UFRJ) e Inteligência de Mercado (ITA); Docente das cadeiras de Logística e Administração de Projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Pesquisador do ITA, em Inteligência de Mercado e Simulação, e do CNPq. Também é desenvolvedor de sistemas de novas tecnologias em CRM, ERP e Business Intelligence. Além disso, é autor do livro Logística empresarial, da editora Petrobras, e Gestão de Logística, Distribuição e Trade Marketing, da Editora FGV.
www.arbache.com.br
fernando@arbache.com.br

Fonte: Marsi Assessoria de Imprensa & Comunicação
Twitter: @marsi_imprensa
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