Por Ronaldo Bias Ferreira Jr.
Embora ainda com avanços tímidos em termos de resultados para a inclusão de mulheres, negros, pessoas LGBTQIA+, PcD e Multigerações na estratégia dos negócios, o ano de 2021 foi muito positivo na formação, no engajamento e na ampliação da base de profissionais na rede de apoio à Diversidade e Inclusão no mundo corporativo. Estamos assistindo a um ativo e crescente movimento de conscientização de empresas e profissionais que têm conseguido transformar a cultura de muitas corporações – que pressionadas por seus colaboradores, clientes ou pelo clamor das redes sociais – iniciaram a jornada de capacitação de seus times.
E todo esse sucesso na ampliação dessa grande rede de apoio se deve ao trabalho colaborativo e compartilhado pelas empresas, pelos profissionais especialistas e pelo grande exército de aliados que têm se formado em torno do tema. Outro fator que tem impulsionado a adesão de novas empresas ao movimento é a percepção imediata dos ganhos possíveis, logo no início do processo. Ao trazer o tema para as rodas de conversa formais e informais de uma companhia, observa-se uma identificação imediata dos colaboradores, que em suas individualidades são diversos, e passam a se sentir representados e convidados a participar de forma legítima no processo.
Um jogo ganha-ganha.
O primeiro ganho, então, é a humanização do espaço corporativo. O clima organizacional melhora muito quando um empregador se posiciona, valoriza e celebra as diferenças no ambiente de trabalho. Quando criamos ambientes seguros para que todos possam dedicar sua energia ao trabalho, interrompe-se um modelo opressor que promove adoecimentos, medo e tensão constantes, e incentiva-se a união dos grupos para superar os desafios coletivos que alavancam a produtividade de toda a empresa.
Além disso, um time consciente das abundantes possibilidades que a diversidade traz, reconhece seus privilégios e, a partir deles, trabalha para gerar mais oportunidade e inclusão para todos. Há um reajuste nos papéis, o exercício da escuta ativa passa a ser espontâneo, o lugar de fala se torna consciente e natural. Os grupos exercitam a empatia, há um esforço consciente de escutar o próximo. Assim, de forma orgânica, nos papos de corredor, no café ou nas reuniões do dia a dia, há menos interrupções, e mais apoio às falas de pessoas antes inviabilizadas, e o apoio se amplia atingindo grupos antes nem percebidos e importantes no ecossistema como familiares das pessoas colaboradoras, fornecedores e parceiros comerciais. Há um entendimento de que bons conflitos são bem-vindos e que protegem as decisões. Há mais consciência sobre os processos de identificação, seleção, contratação e retenção das pessoas diversas.
Criando pontes, evitando polêmicas.
Ao passo que as empresas vão letrando, informando e mostrando para seus colaboradores os benefícios da criação de times diversos, elas criam seus exércitos de aliados – colaboradores conscientes e preparados para lidar com as pessoas como de fato elas são, para entender e aceitar as pessoas diversas que trabalham ao seu lado. Para que percebam que os clientes e consumidores são tão diversos quanto eles. E que essas conexões e esse saber melhoram nossa comunicação, nossa tomada de decisão e, consequentemente, nossos negócios. Quando todos os colaboradores estão alertas, protegendo seus projetos com a diversidade, as empresas chegam mais rápido às soluções e economizam muitos recursos, mitigando erros e prejuízos.
Acreditando que o Conhecimento transforma.
Esses são conhecimentos que as empresas adquirem quando começam suas jornadas em prol da diversidade e inclusão no ambiente e na estratégia da organização; quando promovem vivências, criam planos de comunicação, campanhas e calendários anuais promocionais sobre o tema; quando desenvolvem workshops personalizados de letramento e trilhas de conhecimento para promover gestão de mudança e transformação da cultura organizacional ou quando criam módulos educacionais para suas universidades corporativas e programas para a integração de seus novos colaboradores.
E a boa nova é que neste ano de 2022, esse exército de aliados, composto por pessoas, empresas, instituições e comunidades, está maior e mais capacitado para transformar mais empresas em espaços seguros, diversos e inclusivos para as pessoas. E juntos, com o apoio dos protagonistas e especialistas, garantirão que a riqueza da pluralidade esteja presente e bem representada no mundo corporativo.
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Autor: Ronaldo Bias Ferreira Jr. é sócio-diretor da um.a Diversidade Criativa (https://www.linkedin.com/in/ronaldobias/ — https://linktr.ee/Ronaldobias). Formado em Comunicação Social e Marketing, é empresário, empreendedor e fundador do programa de capacitação Mestre Diversidade Inclusiva (MDI), em parceria com a Pearson Educacional. É membro permanente do conselho da Associação Brasileira de Live Marketing (Ampro), colunista da Promoview e do Portal Eventos, e atua ampliando a voz de protagonistas como um forte aliado da diversidade, equidade e inclusão no mundo corporativo.
Sobre a um.a: Com mais de 26 anos, a um.a #diversidadeCriativa está entre as mais estruturadas agências de live marketing do Brasil, especializada em eventos, incentivos e trade. Entre seus principais clientes estão Pearson, IBGC, SBT, ABRH-SP, dentre outros. Ao longo de sua história, ganhou mais de 40 “jacarés” do Prêmio Caio, um dos mais importantes da área de eventos.
Fonte: NB Press Comunicação
Imagem de Geralt por Pixabay
Diversidade e inclusão nas empresas. O que vem por aí em 2022?
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