Valor acessível, ausência de burocracia e dispensa de comprovação de renda, entre outras facilidades, vêm motivando grande número de consumidores de pequeno poder aquisitivo a comprar títulos de capitalização. Seja para juntar dinheiro, inaugurar o relacionamento com uma instituição bancária, programar a compra de um bem ou serviço ou concorrer a sorteios, o produto vem ganhando cada vez mais espaço na emergente classe C, que representa um universo de mais de 30 milhões de pessoas.
“Esse movimento teve impacto bastante positivo nos resultados apresentados pelo segmento em 2011”, diz o recém-empossado presidente da Federação Nacional de Capitalização (FenaCap), Marco Barros, que também é diretor de seguridade do Banco do Brasil. O faturamento global do mercado atingiu R$ 12,8 bilhões entre janeiro e novembro (último dado disponível), um avanço de 19,3% em relação a igual período de 2010. Contribuiu também para esse resultado o crescente interesse do segmento empresarial pelo produto, que vem sendo muito utilizado por imobiliárias como substituto da tradicional fiança de aluguel e por vários outros segmentos de mercado como instrumento promocional e de fidelização. Por meio da modalidade denominada de “Incentivo”, as empresas adquirem séries fechadas de títulos, vinculam à venda de produtos ou serviços e repassam aos seus clientes o direito de concorrer a sorteios de prêmios em dinheiro. Para Marco Barros, o aspecto lúdico das premiações é um grande atrativo do produto, sendo também o que o diferencia dos produtos financeiros tradicionais. “Quem compra um título de capitalização quer acumular reservas de maneira programada e concorrer a prêmios. Não é um investidor tradicional. Por essa razão o título não pode ser considerado um investimento. Quem deseja fazer movimentações financeiras no curto prazo ou obter rentabilidade deve buscar outro tipo de instrumento”, recomenda o executivo.
Ênfase na educação financeira - “Assumo em um momento particularmente favorável, pois além do desempenho expressivo nas receitas, estamos muito próximos de alcançar a marca dos R$ 20 bilhões em Reservas”, adianta o presidente da FenaCap, referindo-se ao total de recursos aplicados em títulos de capitalização no país. Segundo ele, o fato evidencia a importância do setor como agente formador de poupança interna, destacando que, atualmente, mais de 40 milhões de brasileiros guardam dinheiro destinando suas economias para produtos de capitalização, muitas vezes a porta de entrada dos consumidores no mercado financeiro. “Para um país que tem pela frente o desafio de continuar a crescer de maneira sustentável, recompor a renda da população ainda desassistida e gerar empregos, esse resultado nos deixa bastante otimistas”, assinala.
O novo presidente da FenaCap assumiu o posto na sexta-feira, dia 17 de fevereiro. À frente da entidade, que reúne as empresas de capitalização do país, Marco Barros quer dar continuidade aos esforços desenvolvidos por seu antecessor, Paulo Rogério Caffarelli, também funcionário de carreira do BB, no sentido de estimular uma comunicação mais transparente, fazendo com que as empresas tenham atuação cada vez mais orientada para as necessidades dos consumidores e contribuam para o aumento da poupança interna. “Uma das prioridades da minha gestão será a criação de um programa estruturado de educação financeira”, conclui.
Fonte: Link Comunicação Integrada
Classe C impulsiona mercado de Capitalização
Reviewed by Empresas S/A
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07:16
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